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Colorado do Oeste,13/06/2025

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Com discurso belicoso, Trump vai ao encontro de seu inimigo interno

g1.globo.com
Com discurso belicoso, Trump vai ao encontro de seu inimigo interno


Presidente descreve realidade alternativa em base militar com objetivo de politizar forças armadas e justificar militarização de reduto democrata. Protestos na Califórnia: Trump inflama discurso e promete repressão
No que foi considerado o discurso mais belicoso deste segundo mandato, o presidente Donald Trump se portou como um comandante de guerra, diante de militares no Fort Bragg, ao iniciar as comemorações dos 250 anos do Exército dos EUA.
No caso, o inimigo imaginário relatado pelo presidente americano aos soldados está dentro do país, mais precisamente em Los Angeles, na Califórnia, uma cidade descrita como incendiada, que ele prometeu libertar para “torná-la limpa e segura novamente”.
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Trump, finalmente, vai ao encontro do inimigo interno propagado por ele em tantos comícios eleitorais. Para isso, não descartou invocar a Lei da Insurreição, promulgada em 1807, que lhe dá poderes para mobilizar as forças armadas quando for necessária a repressão da agitação civil.
A instalação militar na Carolina do Norte foi palco de um discurso político, liderado pelo presidente dos EUA. Repleta de exageros, a realidade alternativa de Trump visa a alcançar agora uma força apartidária com o objetivo de militarizar um reduto democrata. “Não permitiremos que uma cidade americana seja invadida e conquistada por um inimigo estrangeiro. É isso que eles são.”
À medida que Los Angeles enfrenta toque de recolher e os protestos contra a política migratória do governo se alastram por outras cidades, como Nova York, Chicago e Atlanta, o presidente incrementa a retórica violenta e testa a competência das instituições.
Montagem mostra o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o presidente dos EUA, Donald Trump
Reuters
O grito de guerra de Trump em Fort Bragg pareceu contagiar os soldados, que ovacionaram o presidente, gritando o seu nome. A eles, o presidente prometeu armas para aniquilar inimigos e a ideologia "woke" —termo utilizado por conservadores para se referir a políticas progressistas.
“Gerações de heróis militares não derramaram seu sangue em terras distantes apenas para assistir à destruição do nosso país por uma invasão do Terceiro Mundo e pela ilegalidade”, afirmou Trump. Neste panorama conturbado no país, o presidente comemorará no sábado o 79º aniversário, que coincide com o 250º do Exército, promovendo um apoteótico desfile militar em Washington. Estão programados também protestos por todo o país, a que ele ameaçou responder com força bruta.
Os confrontos em Los Angeles são o pretexto para Trump posar de herói para o seu movimento Maga (do "Make America Great Again", ou "Faça os EUA grandes novamente", em português), decretando a mobilização de 4 mil soldados da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais. Seu alvo é o governador da Califórnia, Gavin Newsom, a quem acusou, juntamente com a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, de subornar manifestantes, agitadores e insurgentes.
Enquanto o presidente se gaba de atuar para libertar Los Angeles da anarquia com a federalização das tropas, o governador denuncia o seu teatro político em detrimento da segurança e o “abuso flagrante de poder”, ao mobilizar soldados contra cidadãos americanos. As duas visões opostas levam ao mesmo cenário preocupante: a militarização do território americano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa em Fort Bragg, instalação militar do Exército dos EUA, perto de Fayetteville, Carolina do Norte, em 10 de junho de 2025.
Brendan Smialowki/AFP)

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