Quase 1,4 mil funcionários do Departamento de Educação dos EUA poderão ser demitidos

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A Suprema Corte dos Estados Unidos vai permitir que o presidente Donald Trump siga em frente com uma demissão em massa de funcionários do Departamento de Educação do país. Quase 1.400 profissionais serão demitidos.
As demissões poderão ser oficializadas após a decisão desta segunda-feira (14) da Suprema Corte, que derrubou uma liminar de um juiz federal que suspendia as demissões em massa da Educação.
A decisão original de Trump de demitir os funcionários do setor foi anunciada em março, quando a responsável pelo Departamento da Educação, Linda McMahon, declarou que quase metade da equipe seria desligada.
Fachada da Suprema Corte dos EUA
AP Photo/Mark Schiefelbein
A ação era parte do plano de governo do presidente americano, que prometeu durante a campanha que enxugaria os departamentos e ministérios governamentais.
Desde março, os funcionários do Departamento de Educação que foram alvo das demissões estavam de licença administrativa remunerada.
Demissões em massa em outros setores
Em uma decisão da última terça-feira (8), a Suprema Corte dos Estados Unidos abriu caminho para que o presidente EUA Donald Trump retomasse cortes em massa de postos de trabalho dentro do governo e em agências públicas federais.
Por maioria, os juízes da Suprema Corte revogaram uma ordem da Justiça de 2ª instância de São Francisco, na Califónia, que havia bloqueado o plano de Trump de demissões em larga escala. Os magistrados entenderam que os tribunais não podem congelar o programa de cortes de Trump.
Já na sexta-feira (11), o Departamento de Estado dos EUA anunciou a demissão de 1.350 pessoas: 1.107 funcionários públicos e 246 funcionários do serviço estrangeiro baseados nos Estados Unidos.
A ideia de demitir funcionários públicos e cortar postos de trabalho dentro da máquina do Estado era uma promessa de campanha de Trump. Ao assumir o governo, ele começou a colocar o plano em prática, a partir da indicação do departamento então liderado pelo bilionário Elon Musk para secar os gastos federais.
Em fevereiro, um mês após voltar à Casa Branca, ele anunciou "uma transformação crítica da burocracia federal". Em um decreto, orientou agências e departamentos do governo a se prepararem para reduzir significativamente a força de trabalho federal e eliminar escritórios e programas aos quais a gestão Trump se opõe.
Na ocasião, outras milhares de pessoas foram demitidas.
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